quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Conhecendo a Esquistossomose

A esquistossomose é uma doença prevalecente de áreas tropicais e subtropicais. No Brasil essa doença é causada pelo parasita Shistosoma mansoni, que tem como hospedeiro definitivo o homem, porém possui o caramujo da espécie Biomphalaria glabrata como hospedeiro intermediário.

Quando infectado pelo parasita o homem pode apresentar na fase aguda desde febre, dores de cabeça, calafrios e suores até falta de apetite, dor muscular, fraqueza, tosse e diarreia, porém na maioria dos casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas, tornando mais difícil o diagnóstico e o tratamento.

Nesses casos quando os sintomas surgem, a doença já pode ter evoluído para a fase crônica ou mesmo a forma grave, no qual o principal quadro clínico apresentado é a diarreia constante, o emagrecimento e aumento do volume do abdômen, vindo daí a nomenclatura popular de barriga d’água.

Fonte: https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/Esquistossomose

A esquistossomose é transmitida através do contato com águas contaminadas por cercárias, forma larvar do parasita, principalmente em locais endêmicos habitados por caramujos infectados pelos S. mansoni.

O principal tratamento para esquistossomose é feito através do uso dos fármacos praziquantel (PZQ) e da oxaminiquina.

Para uma melhor compreensão trago esta representação do ciclo de vida do agente etiológico da Esquistossomose.

Fonte: https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/Esquistossomose

1.  Uma pessoa infectada libera os ovos do parasita em suas fezes ou urina próximo a corpos de água.

2.  Os ovos eclodem liberando os miracídios que são formas embrionárias do parasita. Este pode permanecer na água por dias até encontrar o hospedeiro intermediário.

3.  No caramujo o parasita de desenvolve até a fase de esporócito que eclode liberando as cercárias.

4.  Essas larvas permanecem na água de 1 a 3 dias procurando o hospedeiro final.

5.  Ao penetrar na pele do homem, as cercárias caem na corrente sanguínea indo em direção ao coração e pulmões e de lá afetando vários outros órgãos, porém com preferência pelo fígado. Depois de amadurecerem elas se instalam nas veias do intestino e ao encontrar outro parasita do sexo oposto começam a liberar novos ovos, dando início a um novo ciclo.

Segundo boletim publicado pelas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), em 14 de janeiro de 2020, no Ceará entre os anos de 2015 e 2019 foram realizados 73. 036 exames para esquistossomose, sendo identificado 256 casos ativos. Desses casos confirmados 59,7% são de indivíduos do sexo masculino

Por fim, apesar de ser uma doença antiga a esquistossomose ainda possui altos índices de infestação.


REFERÊNCIAS

ANDRADE, J.; SIMÃO, C. S.; NOS, D.; IUNKES, J. Esquistossomose. Rev. Infomedica Wiki. Disponível em: https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/Esquistossomose. Acesso em: 30 set. 2020.

Esquistossomose: o que é, sintomas, transmissão, prevenção. Rev. Minuto Saudável, 21 mar. 2019. Disponível em: https://minutosaudavel.com.br/esquistossomose/. Acesso em: 30 set. 2020.

ROCHA, T. J. M.; SANTOS, M. C. S.; LIMA, M. V. M.; CALHEIROS, C. L.; WANDERLEY, F. S. Aspectos epidemiológicos e distribuição dos casos de infecção pelo Shistosoma mansoni em municípios do Estado de Alagoas, Brasil. Rev. Pan-Amaz Saúde, Ananindeua, v. 7, n. 2, jun. 2016. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-62232016000200027. Acesso em: 30 set. 2020.

quinta-feira, 12 de março de 2020

HISTÓRIA DA LIBRAS




No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), diferente da língua oral falada no país, tem influência da Língua Francesa e não da Portuguesa, pois, em 1855, o professor francês e surdo Ernest Huelt, a convite de D. Pedro II chega ao Brasil com o objetivo de fundar uma escola para surdos.

Segundo Mori e Sander (2015), em 26 de setembro de 1857 foi fundado o Instituto dos Surdos-Mudos, atualmente conhecido como Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES, que “era o ponto de convergência e referência dos professores de surdos e dos próprios surdos da época”.

A partir de então, a educação de surdos no Brasil passou por momentos de decadência e depois de ascensão. Em 1991, Minas Gerais reconhece a Libras como meio de comunicação através da Lei 10.379.

Por conseguinte, em 2002 o presidente da república Fernando Henrique Cardoso, sanciona a Lei 10.436, que institui a Libras como língua oficial brasileira e em 22 de dezembro de 2005 é regulamentada através do Decreto 5.626.

Com a promulgação do Decreto, a Libras é difundida no meio acadêmico, pois, os cursos de formação de professores passam a ter obrigatoriamente a disciplina, consequentemente ampliando as possibilidades de aprendizagem dos surdos brasileiros.

Isto posto, o bilinguismo é disseminado, a Libras é utilizada como primeira língua, apenas na comunicação e aprendizagem e a Língua Portuguesa como segunda língua, empregada nas atividades escolares.




Referências

MORI, N. N. R.; SANDER, R. E. História da educação dos surdos no Brasil. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, 02 a 04 dez. 2015. Disponível em: http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2015/trabalhos/co_04/94.pdf. Acesso em: 12 mar. 2020.


CASSIANO, P. V. O surdo e seus direitos: Os dispositivos da Lei 10.436 e do Decreto 5.436. Revista Virtual de Cultura Surda, n. 21, p. 1-28, mai. 2017.