A
esquistossomose é uma doença prevalecente de áreas tropicais e subtropicais. No
Brasil essa doença é causada pelo parasita Shistosoma
mansoni, que tem como hospedeiro definitivo o homem, porém possui o
caramujo da espécie Biomphalaria glabrata
como hospedeiro intermediário.
Quando
infectado pelo parasita o homem pode apresentar na fase aguda desde febre,
dores de cabeça, calafrios e suores até falta de apetite, dor muscular,
fraqueza, tosse e diarreia, porém na maioria dos casos, a pessoa infectada não
apresenta sintomas, tornando mais difícil o diagnóstico e o tratamento.
Nesses
casos quando os sintomas surgem, a doença já pode ter evoluído para a fase
crônica ou mesmo a forma grave, no qual o principal quadro clínico apresentado
é a diarreia constante, o emagrecimento e aumento do volume do abdômen, vindo
daí a nomenclatura popular de barriga d’água.
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| Fonte: https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/Esquistossomose |
A
esquistossomose é transmitida através do contato com águas contaminadas por cercárias,
forma larvar do parasita, principalmente em locais endêmicos habitados por caramujos
infectados pelos S. mansoni.
O
principal tratamento para esquistossomose é feito através do uso dos fármacos
praziquantel (PZQ) e da oxaminiquina.
Para uma melhor compreensão trago esta representação do ciclo de vida do agente etiológico da Esquistossomose.
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| Fonte: https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/Esquistossomose |
1. Uma
pessoa infectada libera os ovos do parasita em suas fezes ou urina próximo a
corpos de água.
2. Os
ovos eclodem liberando os miracídios que são formas embrionárias do parasita. Este
pode permanecer na água por dias até encontrar o hospedeiro intermediário.
3. No
caramujo o parasita de desenvolve até a fase de esporócito que eclode liberando
as cercárias.
4. Essas
larvas permanecem na água de 1 a 3 dias procurando o hospedeiro final.
5. Ao
penetrar na pele do homem, as cercárias caem na corrente sanguínea indo em
direção ao coração e pulmões e de lá afetando vários outros órgãos, porém com preferência
pelo fígado. Depois de amadurecerem elas se instalam nas veias do intestino e
ao encontrar outro parasita do sexo oposto começam a liberar novos ovos, dando
início a um novo ciclo.
Segundo
boletim publicado pelas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), em 14 de
janeiro de 2020, no Ceará entre os anos de 2015 e 2019 foram realizados 73. 036
exames para esquistossomose, sendo identificado 256 casos ativos. Desses casos
confirmados 59,7% são de indivíduos do sexo masculino
Por
fim, apesar de ser uma doença antiga a esquistossomose ainda possui altos
índices de infestação.
REFERÊNCIAS
ANDRADE,
J.; SIMÃO, C. S.; NOS, D.; IUNKES, J. Esquistossomose. Rev. Infomedica Wiki.
Disponível em: https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/Esquistossomose.
Acesso em: 30 set. 2020.
Esquistossomose: o que é, sintomas, transmissão, prevenção. Rev. Minuto Saudável, 21 mar. 2019. Disponível em: https://minutosaudavel.com.br/esquistossomose/. Acesso em: 30 set. 2020.
ROCHA, T. J. M.; SANTOS, M. C. S.; LIMA, M. V. M.; CALHEIROS, C. L.; WANDERLEY, F. S. Aspectos epidemiológicos e distribuição dos casos de infecção pelo Shistosoma mansoni em municípios do Estado de Alagoas, Brasil. Rev. Pan-Amaz Saúde, Ananindeua, v. 7, n. 2, jun. 2016. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-62232016000200027. Acesso em: 30 set. 2020.


