quinta-feira, 12 de março de 2020

HISTÓRIA DA LIBRAS




No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), diferente da língua oral falada no país, tem influência da Língua Francesa e não da Portuguesa, pois, em 1855, o professor francês e surdo Ernest Huelt, a convite de D. Pedro II chega ao Brasil com o objetivo de fundar uma escola para surdos.

Segundo Mori e Sander (2015), em 26 de setembro de 1857 foi fundado o Instituto dos Surdos-Mudos, atualmente conhecido como Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES, que “era o ponto de convergência e referência dos professores de surdos e dos próprios surdos da época”.

A partir de então, a educação de surdos no Brasil passou por momentos de decadência e depois de ascensão. Em 1991, Minas Gerais reconhece a Libras como meio de comunicação através da Lei 10.379.

Por conseguinte, em 2002 o presidente da república Fernando Henrique Cardoso, sanciona a Lei 10.436, que institui a Libras como língua oficial brasileira e em 22 de dezembro de 2005 é regulamentada através do Decreto 5.626.

Com a promulgação do Decreto, a Libras é difundida no meio acadêmico, pois, os cursos de formação de professores passam a ter obrigatoriamente a disciplina, consequentemente ampliando as possibilidades de aprendizagem dos surdos brasileiros.

Isto posto, o bilinguismo é disseminado, a Libras é utilizada como primeira língua, apenas na comunicação e aprendizagem e a Língua Portuguesa como segunda língua, empregada nas atividades escolares.




Referências

MORI, N. N. R.; SANDER, R. E. História da educação dos surdos no Brasil. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, 02 a 04 dez. 2015. Disponível em: http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2015/trabalhos/co_04/94.pdf. Acesso em: 12 mar. 2020.


CASSIANO, P. V. O surdo e seus direitos: Os dispositivos da Lei 10.436 e do Decreto 5.436. Revista Virtual de Cultura Surda, n. 21, p. 1-28, mai. 2017.