quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Conhecendo a Esquistossomose

A esquistossomose é uma doença prevalecente de áreas tropicais e subtropicais. No Brasil essa doença é causada pelo parasita Shistosoma mansoni, que tem como hospedeiro definitivo o homem, porém possui o caramujo da espécie Biomphalaria glabrata como hospedeiro intermediário.

Quando infectado pelo parasita o homem pode apresentar na fase aguda desde febre, dores de cabeça, calafrios e suores até falta de apetite, dor muscular, fraqueza, tosse e diarreia, porém na maioria dos casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas, tornando mais difícil o diagnóstico e o tratamento.

Nesses casos quando os sintomas surgem, a doença já pode ter evoluído para a fase crônica ou mesmo a forma grave, no qual o principal quadro clínico apresentado é a diarreia constante, o emagrecimento e aumento do volume do abdômen, vindo daí a nomenclatura popular de barriga d’água.

Fonte: https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/Esquistossomose

A esquistossomose é transmitida através do contato com águas contaminadas por cercárias, forma larvar do parasita, principalmente em locais endêmicos habitados por caramujos infectados pelos S. mansoni.

O principal tratamento para esquistossomose é feito através do uso dos fármacos praziquantel (PZQ) e da oxaminiquina.

Para uma melhor compreensão trago esta representação do ciclo de vida do agente etiológico da Esquistossomose.

Fonte: https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/Esquistossomose

1.  Uma pessoa infectada libera os ovos do parasita em suas fezes ou urina próximo a corpos de água.

2.  Os ovos eclodem liberando os miracídios que são formas embrionárias do parasita. Este pode permanecer na água por dias até encontrar o hospedeiro intermediário.

3.  No caramujo o parasita de desenvolve até a fase de esporócito que eclode liberando as cercárias.

4.  Essas larvas permanecem na água de 1 a 3 dias procurando o hospedeiro final.

5.  Ao penetrar na pele do homem, as cercárias caem na corrente sanguínea indo em direção ao coração e pulmões e de lá afetando vários outros órgãos, porém com preferência pelo fígado. Depois de amadurecerem elas se instalam nas veias do intestino e ao encontrar outro parasita do sexo oposto começam a liberar novos ovos, dando início a um novo ciclo.

Segundo boletim publicado pelas Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS), em 14 de janeiro de 2020, no Ceará entre os anos de 2015 e 2019 foram realizados 73. 036 exames para esquistossomose, sendo identificado 256 casos ativos. Desses casos confirmados 59,7% são de indivíduos do sexo masculino

Por fim, apesar de ser uma doença antiga a esquistossomose ainda possui altos índices de infestação.


REFERÊNCIAS

ANDRADE, J.; SIMÃO, C. S.; NOS, D.; IUNKES, J. Esquistossomose. Rev. Infomedica Wiki. Disponível em: https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/Esquistossomose. Acesso em: 30 set. 2020.

Esquistossomose: o que é, sintomas, transmissão, prevenção. Rev. Minuto Saudável, 21 mar. 2019. Disponível em: https://minutosaudavel.com.br/esquistossomose/. Acesso em: 30 set. 2020.

ROCHA, T. J. M.; SANTOS, M. C. S.; LIMA, M. V. M.; CALHEIROS, C. L.; WANDERLEY, F. S. Aspectos epidemiológicos e distribuição dos casos de infecção pelo Shistosoma mansoni em municípios do Estado de Alagoas, Brasil. Rev. Pan-Amaz Saúde, Ananindeua, v. 7, n. 2, jun. 2016. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-62232016000200027. Acesso em: 30 set. 2020.

quinta-feira, 12 de março de 2020

HISTÓRIA DA LIBRAS




No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), diferente da língua oral falada no país, tem influência da Língua Francesa e não da Portuguesa, pois, em 1855, o professor francês e surdo Ernest Huelt, a convite de D. Pedro II chega ao Brasil com o objetivo de fundar uma escola para surdos.

Segundo Mori e Sander (2015), em 26 de setembro de 1857 foi fundado o Instituto dos Surdos-Mudos, atualmente conhecido como Instituto Nacional de Educação de Surdos - INES, que “era o ponto de convergência e referência dos professores de surdos e dos próprios surdos da época”.

A partir de então, a educação de surdos no Brasil passou por momentos de decadência e depois de ascensão. Em 1991, Minas Gerais reconhece a Libras como meio de comunicação através da Lei 10.379.

Por conseguinte, em 2002 o presidente da república Fernando Henrique Cardoso, sanciona a Lei 10.436, que institui a Libras como língua oficial brasileira e em 22 de dezembro de 2005 é regulamentada através do Decreto 5.626.

Com a promulgação do Decreto, a Libras é difundida no meio acadêmico, pois, os cursos de formação de professores passam a ter obrigatoriamente a disciplina, consequentemente ampliando as possibilidades de aprendizagem dos surdos brasileiros.

Isto posto, o bilinguismo é disseminado, a Libras é utilizada como primeira língua, apenas na comunicação e aprendizagem e a Língua Portuguesa como segunda língua, empregada nas atividades escolares.




Referências

MORI, N. N. R.; SANDER, R. E. História da educação dos surdos no Brasil. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, 02 a 04 dez. 2015. Disponível em: http://www.ppe.uem.br/publicacoes/seminario_ppe_2015/trabalhos/co_04/94.pdf. Acesso em: 12 mar. 2020.


CASSIANO, P. V. O surdo e seus direitos: Os dispositivos da Lei 10.436 e do Decreto 5.436. Revista Virtual de Cultura Surda, n. 21, p. 1-28, mai. 2017.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

O avestruz enfia mesmo a cabeça na terra?


Em muitos filmes de desenho animado, assistimos a imagem do avestruz enterrando a cabeça na terra quando se sente ameaçado, mas, será que isso acontece mesmo?

Pois bem, infelizmente isso só acontece nos filmes, porque na vida real, a avestruz não tem esse costume. O que pode acontecer é que o esse animal tem o hábito de baixar um pouco o pescoço e encostar a cabeça no chão, na tentativa de ouvir as vibrações da aproximação de um possível predador que esteja perto, ou até mesmo para se alimentar. Nesse sentido, visto de longe e por ter o pescoço e a cabeça com cores nos tons de areia, essa imagem da impressão dele ter enfiado literalmente ela no solo. Essa prática serve também como uma forma de camuflagem, por ter as pernas e pescoço bem longos e corpo grande, a visão distante dessa posição (cabeça baixa), o animal fica parecendo com um arbusto mais escuro. Vale ressaltar que esses animais são aves e, portanto, respiram por pulmões o que faz com que necessitem de ar e como suas narinas estão na cabeça, se eles a colocarem embaixo da terra, provavelmente morreram asfixiados. Nesse caso, é mito dizer que o avestruz enterra a cabeça quando se sente ameaçado.

CONHECENDO O ANIMAL

A avestruz, mais conhecida no meio científico como Struthio camelus, é originária do continente africano, classificada como a maior ave existente, está inserida em grupo de aves conhecidas como Ratitas, Esse grupo é subdividido em quatro ordens, strutioniformes, composta pelas avestruzes, reiformes, formado pelas emas, casuariformes, constituídos pelas casuares e emus, e os apterigiformes, integradas pelas quivis. Nesse sentido, os animais inseridos no grupo das aves Ratitas compartilham características específicas que os impossibilitam de voar, como a ausência de um osso chamado quilha ou carena, no qual, nas aves que voam, ele fica localizado no peito do animal sobre o externo, onde alguns músculos responsáveis pelo batimento das asas se fixam.

CURIOSIDADES

As avestruzes são ótimas corredoras, suas pernas grandes e particularmente musculosas fazem com este animal chegue a uma velocidade média de 70 km/h, em picos curtos e de 50 km/h, em picos longos. As patas, por sua vez, bastante fortes, com apenas dois dedos e somente um apresentando uma unha potente, serve como mecanismo de defesa, no qual, um chute, quando certeiro, pode ocasionar múltiplas fraturas no seu oponente, mais uma característica particular desse animal. É a maior ave terrestre, chegando a medir mais de 2,5 m de altura e pesar 150 kg, por conseguinte, seu ovo também é considerado o maior do mundo, podendo chegar a pesar 1,5 kg e uma fêmea de avestruz pode colocar entre 40 e 60 ovos durante todo o ano. É um animal onívoro, ou seja, come de tudo, ervas, folhagens de árvores, pequenos vertebrados e invertebrados, com dois estômagos, possui sistema digestório semelhante ao dos animais ruminantes, em um o alimento é digerido por enzimas e no outro os alimentos não digeridos são triturados com o a ajuda de algumas pedras engolidas por ele. Possuem um pescoço longo em forma de “S” e asas pequenas em relação ao corpo. Por ser oriundo de uma região extremamente árida, este animal pode ficar até oito dias sem beber uma gota de água. No mais, este animal pode viver em média 60 anos.


REFERÊNCIAS

YARAK, Aretha. Clique Ciências: Será que o avestruz realmente esconde a cabeça na areia por medo? CIÊNCIAeSAÚDE, 17 out. 2017. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2017/10/17/clique-ciencia-porque-a-avestruz-esconde-a-cabeca-no-buraco.htm>. Acesso em: 28 mai. 2019.

FKICKR. Disponível em: <https://www.flickr.com/photos/116115935@N07/12686963664/sizes/m/>. Acesso em: 29 mai. 2019.

FIGUEIREDO, Aymam Cobo de. Avestruz. Infoescola, 2014. Disponível em: <https://www.infoescola.com/aves/avestruz/>. Acesso em: 30 mai. 2019.

VIAN, C. R.; GAI, V. F.; LORENSON, R. R.; LENZ, J. Rendimento de carcaça de avestruz em fase de crescimento e manutenção submetidos a diferentes dietas. UFG. Disponível em: <http://portais.ufg.br/up/66/o/AA_Rendimento_de_carcaca_de_avestruzes_em_fase_de_crescimento_e_manutencao_submetidos_a_diferentes_dietas.pdf>. Acesso em: 29 mai. 2019

A avestruz enterra a cabeça quando fica com muito medo. Super Interessante, 25 fev. 2011. Disponível em: <https://super.abril.com.br/ciencia/o-avestruz-enterra-a-cabeca-quando-fica-com-muito-medo/>. Acesso em: 29 mai. 2019.

MACHADO, Beatriz. A avestruz – Alimentação. SREC, jan. 2017. Disponível em: <http://srec.azores.gov.pt/dre/sd/115161010600/contacto/0708/outrsocontactos/0607/0607/espacodasciencias/aavestruzalimentacao.htm>. Acesso em: 30 mai. 2019.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Conhecendo a profissão de ser professor - Momentos marcantes

A educação é responsável pelo processo de transformação social, então, nada mais justo que os futuros professores conheçam seu ambiente de trabalho e unam a teoria com a prática. Para isso, todo graduando de licenciatura precisa passar pelo Estágio Curricular Supervisionado, no qual, durante a realização do mesmo, o acadêmico tem contato com as práticas em sala de aula, vivência educacional e principalmente com a realidade sociocultural da população (SCALABRIN, MOILINARI, 2013).
Nesse sentido, relatarei alguns dos momentos mais marcantes, vividos por mim, durante a execução do meu estágio curricular obrigatório.

1° Momento

Fonte: Prof. Girlane
          Na minha primeira aula de regência efetiva do estágio supervisionado, utilizei o modelo didático de uma bactéria como subsídio para demonstrar as estruturas presentes nelas, o que trouxe bastante interação a aula. A euforia dos alunos em querer descobrir o que era, para que servia cada parte e quais materiais foram utilizados na construção, revelou como a curiosidade pode ser aliada ao aprendizado.
          De acordo com que as perguntas foram surgindo, a aula foi acontecendo e ao final a participação da turma foi maciça, fizeram observações e comparações, o que em alguns momentos foi bem engraçado e mesmo aqueles que se mostravam mais tímidos interagiram.
          Nesse sentido, ver a colaboração dos alunos na atividade, foi gratificante, e apesar de ter conduzido a aula de maneira espontânea, quase não consegui cumprir o plano de aula, porém, tive a percepção que o envolvimento dos estudantes na apresentação do modelo foi eficaz no auxílio à transmissão do conhecimento.
#Interação_e_aprendizagem

2° Momento

Fonte: Autora

          A participação familiar em um dia atípico como o dia da Gincana Cultural é fundamental para o desenvolvimento social e emocional do estudante, haja vista que, de um lado estão os professores que os auxiliaram na escolha e montagem das apresentações e do outro estão os familiares que desempenham um papel essencial na sua construção afetiva.
          Deste modo fica claro, para que se tenha uma educação de qualidade a parceria entre a escola e a família precisa estar em sintonia, já que esta contribui de maneira positiva a formação do estudante.
Sendo assim, neste dia, percebi que quando a família prestigia os feitos dos seus entes, os mesmos buscam manter um bom comportamento e como consequência um melhor aproveitamento do que é difundido na escola.
          A Gincana Cultural aconteceu durante um sábado letivo e contou com a participação de estudantes e seus familiares. Em suma, foi encantador assistir as apresentações e observar a satisfação de ambos na realização das atividades.
#Família_na_escola

3° Momento

Fonte: Prof. Girlane

          A inclusão de alunos com necessidades especiais nas atividades desenvolvidas em sala é dar a eles a oportunidade de mostrar que são capazes de realizar tarefas, assim como os demais estudantes.
         Neste dia, depois da apresentação de um vídeo eu solicitei que os alunos se reunissem em grupos e montassem um cartaz falando sobre quatro tipos de arboviroses que acontecem no Brasil, Dengue, Zyka, Chikungunya e Febre Amarela.
          No entanto, a foto mostra a realização e apresentação do trabalho de um aluno que possui deficiência intelectual e visual, no qual, ele relatou sobre a importância de eliminar os focos de criadouros do mosquito Aedes Aegypti, que é principal transmissor das doenças estudadas.
          Ver o brilho nos olhos do aprendiz por poder realizar a atividade e participar de maneira ativa da aula, foi um dos momentos mais emocionantes para mim, saber que pude contribuir com a formação deste aluno é simplesmente recompensador, pois em anos atrás, este ser estaria, provavelmente enclausurado em casa e longe do convívio social.
#Inclusão_social 

4° Momento

Fonte: Autora

          A atividade em equipe é uma forma de poder se trabalhar a coletividade, o companheirismo, e o empenho dos alunos na construção de seus saberes em sala. Nesse sentido a foto em questão mostra a confecção dos cartazes para a exposição das características gerais das doenças virais causadas por artrópodes, ou seja, as arboviroses.
       Desse modo, a colaboração de todos os componentes da equipe tornou-se fundamental para que o trabalho fosse realizado com sucesso, embora, tenham acontecido alguns desentendimentos por conta das opiniões diferentes, o respeito e a tolerância falaram mais alto e os alunos compreenderam que com a flexibilidade na aceitação das ideias divergentes o êxito no cumprimento da atividade era certo.
          Contudo, na execução dessa atividade, o sentimento que predominou, em mim, foi a felicidade, pois, as divergências foram superadas e os alunos pensaram de maneira coletiva e apresentaram trabalhos belíssimos, com riqueza de detalhes nas informações transmitidas atingindo o objetivo esperado.
#Respeito_e_tolerância

          Para finalizar, a realização do estágio foi um misto de sentimentos e sensações, mas o que predominou foi o de dever cumprido, uma vez que auxiliei os estudantes, fiz planos de aula com minha orientadora técnica (Prof. Girlane) e vivenciei momentos ímpares, principalmente durante a regência efetiva. Posso afirmar que este, foi um período aprendizagem mútua e que a experiência favoreceu meu desenvolvimento profissional.


REFERÊNCIAS
SCALABRIN, Izabel Cristina; MOLINARI, Adriana Maria Corder. A importância da prática do estágio supervisionado nas licenciaturas. REVISTA UNAR, v.7, n. 1, 2013. Disponível em: <http://revistaunar.com.br/cientifica/documentos/vol7_n1_2013/3_a_importancia_da_pratica_estagio.pdf>. Acesso em: 13 mai. 2019.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018


Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)
Os PCN são as referências para todas as escolas do país, no qual, foram desenvolvidos com o intuito de garantir aos estudantes uma educação básica de qualidade e com o objetivo de assegurar os conhecimentos fundamentais para que os jovens possam participar de uma sociedade como pessoas colaborativas e conscientes de suas responsabilidades.
Para Neto (2014), os PCN apresentam-se em três grandes grupos, sendo eles: “os de ensino fundamental para o I e II ciclos, editados em 1997; os de ensino fundamental para o III e IV ciclos, em 1998; e os de ensino médio (PCNEM), em 1999, sendo que esse último documento (PCNEM), desdobra-se em outro documento conhecido como Orientações Curriculares para o Ensino Médio, editado em 2006.”, desta maneira facilitando a compreensão de como estes parâmetros foram elaborados e finalidade de cada ciclo.
Sendo assim, os PCN são muito mais do que simples publicações, eles proporcionam discussões nas escolas e nas Secretarias de Educação acerca das concepções de currículos e seus desdobramentos, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
           A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), foi elaborada para atender a Meta 7 do Plano Nacional de Educação (PNE, Lei 13. 005/ 2014), que visa atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB:
IDEB–Médias Nacionais/ Anos  2011 2013 2015 2017 2019 2021
E. Fundamental - anos iniciais. 4,6    4,9    5,2    5,5    5,7    6,0
E. Fundamental - anos finais .. 3,9    4,4    4,7    5,0    5,2    5,5
Ensino  Médio   .................. 3,7    3,9    4,3    4,7    5,0    5,2
A BNCC trata-se de um documento que determina o que um aluno da educação básica precisa aprender a cada ano escolar, no qual, todos os currículos de escolas tanto públicas quanto privadas devem conter obrigatoriamente estes conteúdos, possibilitando com isso a diminuição da desigualdade de aprendizado.
            Desta maneira a BNCC é aplicada desde o ensino infantil, passa pelo ensino fundamental, indo até ao ensino médio, abrangendo assim todas as etapas da Educação Básica, proporcionando que as escolas promovam não somente o desenvolvimento intelectual, mas também o social, físico, emocional e cultural.
            As dimensões do desenvolvimento humano ganha foco nas dez Competências Gerais da BNCC, pois é através do cumprimento delas que há um crescimento intelectual dos estudantes. Para uma melhor compreensão destas, vou compartilhar este vídeo que cita de forma clara todas elas.


            De acordo com o vídeo exposto, as competências são os pilares que sustentam nossa base curricular, principalmente as competências socioemocionais. Da mesma forma que o ensino das disciplinas de Português e Matemática são importantes, o ensino dos valores são fundamentais, porque eles estão em todos os lugares, em todos os tipos de trabalho e de vida, porém há um grande desafio em meio as suas execuções, pois estas impactam não apenas nos currículos, mas também nos processos de ensino e aprendizagem.
            A educação básica brasileira passará por uma série de transformações nos próximos anos. Isso porque a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) promete muda-la profundamente. Nesse contexto, surge uma preocupação com o principal responsável por aplicar as mudanças nas salas de aula: o professor. Este por sua vez, necessitará de suporte e treinamento, o que é muito importante, pois, muitos destes educadores não conseguem ensinar as habilidades propostas na estrutura da base, porque sua forma de avaliar é através de testes e do desenvolvimento pessoal, enquanto atualmente a estrutura curricular é baseada apenas em testes, o que acarretará na necessidade de bastante acompanhamento para que consigam mudar sua forma de ensinar.
            Contudo, a maior dificuldade da integração da proposta é deixar de trabalhar por competências e passar a trabalhar por áreas, permitindo que as escolas trabalhem conteúdos básicos nos contextos que lhe parecem necessários, levando em consideração a região em que estão localizadas, os aspectos culturais locais relevantes e principalmente o perfil dos alunos presentes na escola.
           
Diferenças entre Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
            Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) foi criado em 1997 e são recomendações de normas dadas a escolas e docentes que não são reforçadas por lei e que servem de auxílio aos professores, principalmente os formados recentemente, pois mostra e retira muitas dúvidas de como lecionar, uma vez que, guiados pelos seus parâmetros, o educador é direcionado ao caminho correto, baseando a sua prática, projetos e planos em diversos fatores de suas recomendações. Estes também são responsáveis por subsidiar as discussões pedagógicas internas nas escolas, bem como a produção de livros e outros materiais didáticos. Eles também servem de referencial para a renovação e reelaboração da proposta curricular.
            A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por sua vez, se diferencia dos PCN, pois é obrigatória a qualquer instituição de ensino básico vigente no país, haja vista que, esta tem sua base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei nº 9.394/1996), desta forma, norteando de maneira mais específica e determinada os objetivos de aprendizagem a cada ano escolar. É importante lembrar que a base serve como orientação do que deve ser ensinado e não de como deve ser ensinado.

Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e sua aplicação no município de Aracoiaba-CE
A BNCC integra a política nacional da Educação Básica, contribuindo para o alinhamento de outras políticas e ações. Em âmbito municipal, refere-se à formação de professores, à avaliação, à elaboração de conteúdos educacionais e aos critérios para a oferta de infraestrutura adequada para o pleno desenvolvimento da educação.
Nesse contexto, de acordo com o portal da Secretaria de Educação Municipal de Aracoiaba, este município possui um plano estratégico que melhora significativamente os índices de qualidade da educação, desta maneira cumprindo com seu dever enquanto poder público vigente, presente na BNCC referente a municípios.
            Embora a Secretaria Municipal tenha um plano traçado para melhorar a educação do município, este ainda deixa muito a desejar, haja vista que, das competências exigidas na base esta é apenas uma delas.
            Sendo assim, qualificar os professores da rede municipal é, a eu ver, um dos métodos que irão auxiliar na melhora dos índices educacionais, pois assim, com a formação continuada a implementação das mudanças propostas na Base Nacional Comum Curricular serão melhores aplicadas.


REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Tháric de Freitas. Diferenças entre Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) e Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). EBAH. 02 dez. 2015. Disponível em: https://www.ebah.com.br/content/ABAAAhFjEAL/diferencas-entre-diretrizes-curriculares-nacionais-parametros-curriculares-nacionais. Acesso em: 12 dez. 2018.
GUIMARÃES, C.; SEMIS, L. 32 respostas sobre a base nacional comum curricular. Nova Escola, 02 mar. 2017. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/4784/32-respostas-sobre-a-base-nacional-comum-curricular. Acesso em: 11 dez. 2018.
Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf. Acesso em: 13 dez. 2018.
Portal da Secretaria de Educação de Aracoiaba. Plano estratégico melhora índices da educação e Aracoiaba. 27 abr. 2016. Disponível em: http://www.aracoiaba.ce.gov.br/noticias/plano-estrategico-melhora-indices-da-educacao-em-aracoiaba%e2%80%8f/. Acesso em: 12 dez. 2018.
RICO, Rose. Conheça e entenda as competências gerais da BNCC. Nova Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/1/conheca-e-entenda-as-competencias-gerais-da-bncc. Acesso em: 12 dez. 2018.

terça-feira, 5 de junho de 2018

ABALOS SÍSMICOS NO ESTADO DO CEARÁ


            Abalos sísmicos no Estado do Ceará são frequentes, é o que diz a reportagem disponível no link (http://plus.diariodonordeste.com.br/terremoto-de-pacajus/). Foram identificadas regiões sísmicas em 39 municípios cearenses. Neste contexto, Francisco Brandão, chefe do núcleo de sismologia da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Ceará (CEDEC), relata que as estações sismológicas espalhadas por todo Estado são de fundamental importância para manter a população informada. Técnicos do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande Do Norte (LabSis), que acompanham os fenômenos informam que o risco de tremores muito fortes são mínimos, pois, as causas dos que ocorrem no Ceará é diferente dos que acontecem no mundo todo.
Toda a superfície da terra está localizada sobre grandes blocos de rocha que se movem lentamente, as chamadas Placas Tectônicas. Nos primórdios da terra, segundo Alfred Wegener, meteorologista alemão, os continentes estavam reunidos em um só, chamado “Pangeia” e rodeado pelo oceano “Pantalassa”. Com a movimentação interna do manto terrestre, depois de um tempo o super-continente começou a fragmentar-se e a movimentar-se dando origem a continentes individuais que se moveram até a posição que ocupam hoje. Veja as imagens abaixo para uma melhor compreensão:
         
                                     Fonte: http://www.lneg.pt/CienciaParaTodos/edicoes_online/diversos/guiao_tectonica_placas/texto


          Desta maneira, observem que o Brasil está localizado na América do Sul e, portanto bem ao centro da placa Sul-Americana. Enquanto nos outros lugares do mundo os terremotos acontecem devidos o choque entre as placas, aqui no Ceará, eles acontecem devido às falhas geológicas, que nada mais são do que, pontos de ruptura nos grandes blocos rochosos que formam o relevo, geralmente causadas pela compressão ou o estiramento da crosta. No nosso país existem 48 falhas, dentre elas, sua maioria está localizada na região sudeste e nordeste.
Divisão e limites das Placas Tectônicas
No nordeste os estados que mais apresentam abalos sísmicos são o Ceará e o Rio Grande do Norte. Segundo Assumpção, a crosta está sendo esticada, por causa da proximidade da costa e da ação da gravidade. Além de a crosta nordestina ser menos espessa, a litosfera também é mais fina do que no interior do país, o que facilita a ocorrência e percepção dos tremores.Desta maneira, observem que o Brasil está localizado na América do Sul e, portanto bem ao centro da placa Sul-Americana. Enquanto nos outros lugares do mundo os terremotos acontecem devidos o choque entre as placas, aqui no Ceará, eles acontecem devido às falhas geológicas, que nada mais são do que, pontos de ruptura nos grandes blocos rochosos que formam o relevo. No nosso país existem 48 falhas, dentre elas, sua maioria está localizada na região sudeste e nordeste.

No Ceará, somente este ano já foi constatado quatro tremores, sendo o primeiro em Brejo Santo (magnitude 2.0), seguido de Santana do Acaraú (magnitude 2.0), Palhano (magnitude 2,8) e o último, aconteceu no dia 23 de maio em Irauçuba (magnitude 2,7), cidade essa que apresenta os maiores abalos ocorridos após o terremoto de Pacajús na década de 80, com magnitudes 4,8 e 3,8 respectivamente nos anos de 1991 e 2015.

Segundo levantamento feito pelo LabSis, a região que circunda a cidade de Sobral é rica em produzir abalos de pequena magnitude. Desde 2011 já foram registrados mais de três mil tremores e a hipótese é que uma nova fenda geológica esteja em formação entre o norte de Sobral, Miraíma, Mundaú e Santana do Acaraú.
Quem já vivenciou um tremor de terra, mesmo que de baixa intensidade, relata os segundos de medo.
“Estava dormindo e acordei com a grade da janela balançando. O armário também tremeu e houve um estrondo, como se fosse um trovão.” Dalva da Silva, moradora da localidade de Boa Vista, onde aconteceu um sismo de baixa intensidade na cidade de Beberibe em 2015.
“Foi tudo muito rápido, os cinco segundos mais assustadores da minha vida, a terra começou a tremer, saímos correndo para fora de casa.” Francisco Oliveira, Morador de Santana do Acaraú, relatando sobre o tremor de magnitude 2,7 em 2017, sismo que deixou um casal de idosos feridos.
Diante destes acontecimentos a Defesa Civil do Ceará iniciou um trabalho de informação para os moradores das áreas em que a atividade sismológica é abundante, distribuindo cartilhas e fazendo palestras. Segundo eles, durante um abalo, se a pessoa estiver dentro de casa, à recomendação é sair de forma ordenada, sem correria e buscar abrigo de preferência em campos de futebol ou no meio da rua, longe de monumentos, muros, árvores e postes.

REFERÊNCIAS

ALEXIA, Rebeca. No Brasil ocorrem terremotos? Geotesc. MAR. 2017. Disponível em: http://www.geotesc.com.br/site/no-brasil-ocorrem-terremotos/.  Acesso em: 28 de MAI. 2018.

ASSUMPÇÃO, Marcelo. Tensão sobre a terra. Pesquisa FAPESP. Ed. 256. JUN. 2017. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2017/06/20/tensao-sob-a-terra/. Acesso em: 30 de MAI. 2018.

BARBOSA, Honório. Dez abalos forma sentidos no Ceará. Diário do Nordeste Regional. OUT. 2015. Disponível em: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/regional/dez-abalos-foram-sentidos-no-ceara-1.1399034. Acesso em: 28 de MAI. 2018.

Falhas Geológicas Brasileira – Onde Estão Localizadas?. Apollo 11. DEZ. 2007. Disponível em: http://www.apolo11.com/curiosidades.php?posic=dat_20071211-092620.inc. Acesso em: 29 de MAI. 2018.

Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (2007). Vamos mexer nos continentes. INETI
Disponível em: 
http://www.lneg.pt/CienciaParaTodos/edicoes_online/diversos/guiao_tectonica_placas/texto. Acesso em: 30 de MAI. 2018.

NÓBREGA, Jaqueline. Há 36 anos a terra tremeu no Ceará e pode tremer novamente. Diário do Nordeste. Disponível em: http://plus.diariodonordeste.com.br/terremoto-de-pacajus/. Acesso em: 28 de MAI. 2018.

NOGUEIRA, Edwirges. Laboratório de Sismologia investiga tremores de terra frequentes no Ceará. Agência Brasil. OUT. 2015. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-10/laboratorio-de-sismologia-investiga-tremores-de-terra-frequentes-no-ceara. Acesso em: 30 de MAI. 2018.

Sismos do Nordeste. Disponível em: http://sismosne.blogspot.com/. Acesso em: 01 de JUN. 2018.

ZARANZA, Gabrielle. Irauçuba registra terremoto de magnitude 2.7. O Povo Online. MAI. 2018. Disponível em: https://www.opovo.com.br/noticias/ceara/iraucuba/2018/05/iraucuba-registra-terremoto-de-magnitude-2-7.html. Acesso em: 03 de JUN. 2018.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

ATP bioluminescência

O artigo que resumirei, fala sobre a adenosina trifosfato (ATP) bioluminescência usado na avaliação do efeito da limpeza em estabelecimentos de saúde.
 Sabe-se que em um ambiente hospitalar a contaminação com micro-organismos patógenos é bem alta. Deste modo a eficácia na higienização dos ambientes é de suma importância para o controle e prevenção das infecções relacionadas à assistência a saúde (IRAS).
 Diante disso, as autoras decidiram reunir os 15 artigos mais recente publicados sobre o assunto, como forma de testar a eficácia com o processo de avaliação do ATP bioluminescência.
A discussão se deu entre os prós, expondo que, tal método mostra resultados de avaliação rápidos e que servem também como auxílio à inspeção visual, e os contras, exibindo como o mesmo é bastante sensível, sofrendo interferências químicas, além de identificar diferentes fontes de matéria orgânica, que podem ou não ser agentes de contaminação.
A realização do processo consiste em uma reação entre a enzima luciferase e adenosina trifosfato bioluminescência, onde, é utilizado um monitor de ATP, o luminômetro, este, por sua vez, expressa os resultados com valores de referência de 25 a 500 URL (Unidade Relativa da Luz) mostrando a eficácia ou não da limpeza.
Contudo, concluíram que, apesar de tudo as desvantagens são maiores, fazendo-se necessárias mais pesquisas na área. 

          Fonte: https://hyserve.com/produkt.php?lang=pt&gr=2&pr=18

Referências
OLIVEIRA, A. C.; VIANA, R. E. H. Adenosina trifosfato bioluminescência para avaliação da limpeza de superfícies: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 67, n. 06, nov/dez. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v67n6/0034-7167-reben-67-06-0987.pdf. Acesso em: 18 out. 2017.