quinta-feira, 30 de maio de 2019

O avestruz enfia mesmo a cabeça na terra?


Em muitos filmes de desenho animado, assistimos a imagem do avestruz enterrando a cabeça na terra quando se sente ameaçado, mas, será que isso acontece mesmo?

Pois bem, infelizmente isso só acontece nos filmes, porque na vida real, a avestruz não tem esse costume. O que pode acontecer é que o esse animal tem o hábito de baixar um pouco o pescoço e encostar a cabeça no chão, na tentativa de ouvir as vibrações da aproximação de um possível predador que esteja perto, ou até mesmo para se alimentar. Nesse sentido, visto de longe e por ter o pescoço e a cabeça com cores nos tons de areia, essa imagem da impressão dele ter enfiado literalmente ela no solo. Essa prática serve também como uma forma de camuflagem, por ter as pernas e pescoço bem longos e corpo grande, a visão distante dessa posição (cabeça baixa), o animal fica parecendo com um arbusto mais escuro. Vale ressaltar que esses animais são aves e, portanto, respiram por pulmões o que faz com que necessitem de ar e como suas narinas estão na cabeça, se eles a colocarem embaixo da terra, provavelmente morreram asfixiados. Nesse caso, é mito dizer que o avestruz enterra a cabeça quando se sente ameaçado.

CONHECENDO O ANIMAL

A avestruz, mais conhecida no meio científico como Struthio camelus, é originária do continente africano, classificada como a maior ave existente, está inserida em grupo de aves conhecidas como Ratitas, Esse grupo é subdividido em quatro ordens, strutioniformes, composta pelas avestruzes, reiformes, formado pelas emas, casuariformes, constituídos pelas casuares e emus, e os apterigiformes, integradas pelas quivis. Nesse sentido, os animais inseridos no grupo das aves Ratitas compartilham características específicas que os impossibilitam de voar, como a ausência de um osso chamado quilha ou carena, no qual, nas aves que voam, ele fica localizado no peito do animal sobre o externo, onde alguns músculos responsáveis pelo batimento das asas se fixam.

CURIOSIDADES

As avestruzes são ótimas corredoras, suas pernas grandes e particularmente musculosas fazem com este animal chegue a uma velocidade média de 70 km/h, em picos curtos e de 50 km/h, em picos longos. As patas, por sua vez, bastante fortes, com apenas dois dedos e somente um apresentando uma unha potente, serve como mecanismo de defesa, no qual, um chute, quando certeiro, pode ocasionar múltiplas fraturas no seu oponente, mais uma característica particular desse animal. É a maior ave terrestre, chegando a medir mais de 2,5 m de altura e pesar 150 kg, por conseguinte, seu ovo também é considerado o maior do mundo, podendo chegar a pesar 1,5 kg e uma fêmea de avestruz pode colocar entre 40 e 60 ovos durante todo o ano. É um animal onívoro, ou seja, come de tudo, ervas, folhagens de árvores, pequenos vertebrados e invertebrados, com dois estômagos, possui sistema digestório semelhante ao dos animais ruminantes, em um o alimento é digerido por enzimas e no outro os alimentos não digeridos são triturados com o a ajuda de algumas pedras engolidas por ele. Possuem um pescoço longo em forma de “S” e asas pequenas em relação ao corpo. Por ser oriundo de uma região extremamente árida, este animal pode ficar até oito dias sem beber uma gota de água. No mais, este animal pode viver em média 60 anos.


REFERÊNCIAS

YARAK, Aretha. Clique Ciências: Será que o avestruz realmente esconde a cabeça na areia por medo? CIÊNCIAeSAÚDE, 17 out. 2017. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2017/10/17/clique-ciencia-porque-a-avestruz-esconde-a-cabeca-no-buraco.htm>. Acesso em: 28 mai. 2019.

FKICKR. Disponível em: <https://www.flickr.com/photos/116115935@N07/12686963664/sizes/m/>. Acesso em: 29 mai. 2019.

FIGUEIREDO, Aymam Cobo de. Avestruz. Infoescola, 2014. Disponível em: <https://www.infoescola.com/aves/avestruz/>. Acesso em: 30 mai. 2019.

VIAN, C. R.; GAI, V. F.; LORENSON, R. R.; LENZ, J. Rendimento de carcaça de avestruz em fase de crescimento e manutenção submetidos a diferentes dietas. UFG. Disponível em: <http://portais.ufg.br/up/66/o/AA_Rendimento_de_carcaca_de_avestruzes_em_fase_de_crescimento_e_manutencao_submetidos_a_diferentes_dietas.pdf>. Acesso em: 29 mai. 2019

A avestruz enterra a cabeça quando fica com muito medo. Super Interessante, 25 fev. 2011. Disponível em: <https://super.abril.com.br/ciencia/o-avestruz-enterra-a-cabeca-quando-fica-com-muito-medo/>. Acesso em: 29 mai. 2019.

MACHADO, Beatriz. A avestruz – Alimentação. SREC, jan. 2017. Disponível em: <http://srec.azores.gov.pt/dre/sd/115161010600/contacto/0708/outrsocontactos/0607/0607/espacodasciencias/aavestruzalimentacao.htm>. Acesso em: 30 mai. 2019.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Conhecendo a profissão de ser professor - Momentos marcantes

A educação é responsável pelo processo de transformação social, então, nada mais justo que os futuros professores conheçam seu ambiente de trabalho e unam a teoria com a prática. Para isso, todo graduando de licenciatura precisa passar pelo Estágio Curricular Supervisionado, no qual, durante a realização do mesmo, o acadêmico tem contato com as práticas em sala de aula, vivência educacional e principalmente com a realidade sociocultural da população (SCALABRIN, MOILINARI, 2013).
Nesse sentido, relatarei alguns dos momentos mais marcantes, vividos por mim, durante a execução do meu estágio curricular obrigatório.

1° Momento

Fonte: Prof. Girlane
          Na minha primeira aula de regência efetiva do estágio supervisionado, utilizei o modelo didático de uma bactéria como subsídio para demonstrar as estruturas presentes nelas, o que trouxe bastante interação a aula. A euforia dos alunos em querer descobrir o que era, para que servia cada parte e quais materiais foram utilizados na construção, revelou como a curiosidade pode ser aliada ao aprendizado.
          De acordo com que as perguntas foram surgindo, a aula foi acontecendo e ao final a participação da turma foi maciça, fizeram observações e comparações, o que em alguns momentos foi bem engraçado e mesmo aqueles que se mostravam mais tímidos interagiram.
          Nesse sentido, ver a colaboração dos alunos na atividade, foi gratificante, e apesar de ter conduzido a aula de maneira espontânea, quase não consegui cumprir o plano de aula, porém, tive a percepção que o envolvimento dos estudantes na apresentação do modelo foi eficaz no auxílio à transmissão do conhecimento.
#Interação_e_aprendizagem

2° Momento

Fonte: Autora

          A participação familiar em um dia atípico como o dia da Gincana Cultural é fundamental para o desenvolvimento social e emocional do estudante, haja vista que, de um lado estão os professores que os auxiliaram na escolha e montagem das apresentações e do outro estão os familiares que desempenham um papel essencial na sua construção afetiva.
          Deste modo fica claro, para que se tenha uma educação de qualidade a parceria entre a escola e a família precisa estar em sintonia, já que esta contribui de maneira positiva a formação do estudante.
Sendo assim, neste dia, percebi que quando a família prestigia os feitos dos seus entes, os mesmos buscam manter um bom comportamento e como consequência um melhor aproveitamento do que é difundido na escola.
          A Gincana Cultural aconteceu durante um sábado letivo e contou com a participação de estudantes e seus familiares. Em suma, foi encantador assistir as apresentações e observar a satisfação de ambos na realização das atividades.
#Família_na_escola

3° Momento

Fonte: Prof. Girlane

          A inclusão de alunos com necessidades especiais nas atividades desenvolvidas em sala é dar a eles a oportunidade de mostrar que são capazes de realizar tarefas, assim como os demais estudantes.
         Neste dia, depois da apresentação de um vídeo eu solicitei que os alunos se reunissem em grupos e montassem um cartaz falando sobre quatro tipos de arboviroses que acontecem no Brasil, Dengue, Zyka, Chikungunya e Febre Amarela.
          No entanto, a foto mostra a realização e apresentação do trabalho de um aluno que possui deficiência intelectual e visual, no qual, ele relatou sobre a importância de eliminar os focos de criadouros do mosquito Aedes Aegypti, que é principal transmissor das doenças estudadas.
          Ver o brilho nos olhos do aprendiz por poder realizar a atividade e participar de maneira ativa da aula, foi um dos momentos mais emocionantes para mim, saber que pude contribuir com a formação deste aluno é simplesmente recompensador, pois em anos atrás, este ser estaria, provavelmente enclausurado em casa e longe do convívio social.
#Inclusão_social 

4° Momento

Fonte: Autora

          A atividade em equipe é uma forma de poder se trabalhar a coletividade, o companheirismo, e o empenho dos alunos na construção de seus saberes em sala. Nesse sentido a foto em questão mostra a confecção dos cartazes para a exposição das características gerais das doenças virais causadas por artrópodes, ou seja, as arboviroses.
       Desse modo, a colaboração de todos os componentes da equipe tornou-se fundamental para que o trabalho fosse realizado com sucesso, embora, tenham acontecido alguns desentendimentos por conta das opiniões diferentes, o respeito e a tolerância falaram mais alto e os alunos compreenderam que com a flexibilidade na aceitação das ideias divergentes o êxito no cumprimento da atividade era certo.
          Contudo, na execução dessa atividade, o sentimento que predominou, em mim, foi a felicidade, pois, as divergências foram superadas e os alunos pensaram de maneira coletiva e apresentaram trabalhos belíssimos, com riqueza de detalhes nas informações transmitidas atingindo o objetivo esperado.
#Respeito_e_tolerância

          Para finalizar, a realização do estágio foi um misto de sentimentos e sensações, mas o que predominou foi o de dever cumprido, uma vez que auxiliei os estudantes, fiz planos de aula com minha orientadora técnica (Prof. Girlane) e vivenciei momentos ímpares, principalmente durante a regência efetiva. Posso afirmar que este, foi um período aprendizagem mútua e que a experiência favoreceu meu desenvolvimento profissional.


REFERÊNCIAS
SCALABRIN, Izabel Cristina; MOLINARI, Adriana Maria Corder. A importância da prática do estágio supervisionado nas licenciaturas. REVISTA UNAR, v.7, n. 1, 2013. Disponível em: <http://revistaunar.com.br/cientifica/documentos/vol7_n1_2013/3_a_importancia_da_pratica_estagio.pdf>. Acesso em: 13 mai. 2019.